Entrando no clima, resolvi remexer em meus guardados e resulta que retomei meu trabalho com “arte”. Será que é arte mesmo?
Em uma escola infantil em São Paulo chamada Bosque Feliz, com muita área verde, aconteceu uma mostra dos pequenos alunos, que haviam meses antes, feito um trabalho de releituras de minhas peças. Foi especial porque estou fotografando, escaneando e revendo meu trabalho em tecido, sempre com a música como inspiração. Enviei a eles um banner com um desses trabalhos, onde retrato uma criança flor. O título é de uma música do U2 (Flower Child) e tinha tudo a ver com o pedaço de lençol em que fiz um feto, nos tempos de vacas magras em Nova York, mas de muita criação. Mandei um banner porque estou muito empolgado com a possibilidade de imprimir estas imagens em tamanho grande e com cara de propaganda, de forma despretensiosa. A propaganda sempre rondou meu trabalho e por isso banner tem tanto a ver. Escolhi essas fotos da Fernanda Montenegro pra postar junto, pois acho lindas e são de um livro de fotos da Dadá Cardoso, só com retratos de celebridades em situações inusitadas. O livro é antiguinho, do início da década, mas super atual. Como diz Arnaldo Jabor na contra capa, “Dadá corrói o ego dos famosos, entra e traz o melhor deles: o que gostaríamos de (não) ser.”
Qual é o tipo de roupa que você gostaria de (não) usar?
(Piscina cheia de ratos)
Este foi o primeiro banner, feito para o Tiago mas que vai ser copiado muitas vezes.
A ilustração é roubada de uma camiseta velha da Osklen.
Régis Duarte.